segunda-feira, dezembro 04, 2006

A Good Year

Não sou crítico de cinema mas gosto do assunto. Sou obsessivo compulsivo com relação a filmes. A idéia que tenho do paraíso é a de um grande telão. Por mim emendava uma sessão na outra. Exageros à parte vejo muita coisa, seria o que chamam de cinéfilo. Tudo isso para falar de Sir Ridley Scott, um de meus cineastas favoritos.
Britânico como o lord que vos fala, nascido em 1937 em South Shields, estudante do Royall College of Art, é dono de uma filmografia de encher os olhos. Bastava Blade Runner, sempre o primeiro de minha lista, mas fez muito mais: Thelma e Louise; Black Rain; Legend; Alien; Hannibal e Gladiator, só para falar de alguns. Naturalmente sou exigente quando se tratata do nobre diretor, tenho grande e constante expectativa com relação ao que faz.
Saí um pouco desapontado de A Good Year. Seria injusto se dissesse que o filme é ruim. Longe disso. Só que esperava mais. O roteiro me pareceu um pouco confuso, menos bem amarrado do que deveria. As tomadas lembram demais os planos dos comerciais de televisão. Certo que falamos de alguém que veio do meio publicitário, mas as referências ficam explícitas demais. E clichês, alguns chavões são óbvios.
Talvez o problema que mais tenha me chamado a atenção foi com relação à emoção. Há todo um universo que poderia ser explorado pelo qual se passa ao largo. As reminiscências do adulto, lembranças da infância, me pareceram frias, simples relatos. Não consegui ver o amor do sobrinho pelo tio. Muito contido, very British.

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