quarta-feira, dezembro 13, 2006

Acts of Violence

O assunto não é de minha preferência. Ando assustado, porém, com a fúria assassina que se espalha pela humanidade. Matar parece ter virado obsessão. Vidas são assopradas, diariamente, como se fossem velas. Apagam-se existências sem o menor titubeio. Nada mais banal do que gente. Homens e mulheres, idosos ou crianças, são atacados, dilacerados, explodidos, queimados, violentados, torturados, de forma sistemática e cotidiana. Estamos doentes.
A violência que se lê nas manchetes não nos abala. A dor é de quem tem. Seguimos afastados e distraidamente imunes. Até quando? Confiamos demais na sorte.
Quando pensamos ter visto de tudo a violência, renovada e criativa, nos tira do torpor. No meu caso traz horror e, principalmente, vergonha. Como encarar o que aconteceu em Mogi das Cruzes? A família presa em um carro, e queimada viva, é mais do que posso suportar.
Seguiremos nos endurecendo. O novo Jack inglês matando em série prostitutas, carros-bomba diários no Iraque, balas perdidas, testes nucleares, atentados de toda sorte. Um dia a gente se acostuma totalmente. Falta pouco.

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