A MEG encomendou, eu obedeço.
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Preferiria ter nascido em outro país mas, em 1954, pariram-me no Rio de Janeiro. Cidade maravilhosa remota. Lembrança de férias passadas em casas de parentes que finaram ou mudaram de endereço. Ruas do Leblon, amendoeiras espalhando folhas pelo chão das calçadas que margeavam um canal bonito.
Vivo em São Paulo desde muito pequeno, aqui me entendi por gente sendo, portanto, paulista por adoção. Gosto de Pinheiros e dos ipês que tingem de amarelo as ruas em determinadas épocas do ano, já não se consegue determinar quando.
Torço pelo Santos.
Procuro ser otimista, embora esteja cada vez mais difícil manter esse jeito de ser. Já fui mais alegre do que sou. Irrito-me fácil. Não gosto de vizinhos, barulho de qualquer espécie, aglomerados de gente. Falta de educação e de sensibilidade tiram-me do sério, perco completamente os modos. Não bebo, não fumo, pratico esporte. Tenho pavor da morte. Se algum dia morrer será contra a minha vontade.
Bem casado.
Atrai-me o número quatro.
Fico muito feliz na mesa. Comilão, adoro pratos com molhos e risotos. Tudo que leva arroz. Doces feitos com ovos; tentadores. Luto para manter-me magro e com saúde.
A solidão não me assusta.
Sinto-me bem em livrarias. Leio muito, bem menos do que gostaria. Machado de Assis é meu escritor favorito. Cinema é paixão. Não me importaria de ficar paralizado o resto da vida em frente a uma tela. Ouço música e canto com alguma freqüência.
Sou vaidoso. Procuro vestir-me bem, importo-me com aparência.
A política me cansou. Já discuti com mais entusiasmo, acreditei.
Amo o passado, sou indiferente ao presente, temo o futuro.
Odeio telefone e celular.
Inverno, nada como o frio.
Ateu com poucos pecados.
Tenho alguns livros publicados. Tento escrever.
Vivo em São Paulo desde muito pequeno, aqui me entendi por gente sendo, portanto, paulista por adoção. Gosto de Pinheiros e dos ipês que tingem de amarelo as ruas em determinadas épocas do ano, já não se consegue determinar quando.
Torço pelo Santos.
Procuro ser otimista, embora esteja cada vez mais difícil manter esse jeito de ser. Já fui mais alegre do que sou. Irrito-me fácil. Não gosto de vizinhos, barulho de qualquer espécie, aglomerados de gente. Falta de educação e de sensibilidade tiram-me do sério, perco completamente os modos. Não bebo, não fumo, pratico esporte. Tenho pavor da morte. Se algum dia morrer será contra a minha vontade.
Bem casado.
Atrai-me o número quatro.
Fico muito feliz na mesa. Comilão, adoro pratos com molhos e risotos. Tudo que leva arroz. Doces feitos com ovos; tentadores. Luto para manter-me magro e com saúde.
A solidão não me assusta.
Sinto-me bem em livrarias. Leio muito, bem menos do que gostaria. Machado de Assis é meu escritor favorito. Cinema é paixão. Não me importaria de ficar paralizado o resto da vida em frente a uma tela. Ouço música e canto com alguma freqüência.
Sou vaidoso. Procuro vestir-me bem, importo-me com aparência.
A política me cansou. Já discuti com mais entusiasmo, acreditei.
Amo o passado, sou indiferente ao presente, temo o futuro.
Odeio telefone e celular.
Inverno, nada como o frio.
Ateu com poucos pecados.
Tenho alguns livros publicados. Tento escrever.