terça-feira, agosto 08, 2006

Calling Names

Não sou detalhista. Talvez, por isso mesmo, impressione-me tanto quando percebo a importância que certas coisas pequenas podem ter.
Em minha família, o anúncio de que a cegonha nos visitará é tratado de forma bastante curiosa. Há verdadeira orgia de nomes sugeridos. Todos sofrem de uma espécie de compulsão para o batismo. Somos, portanto, craques no assunto. Achamos que ninguém é capaz de ser melhor, possuir gosto mais refinado. O manual invisível que consultamos tem sempre a opção indicada, olhamos com desdém esnobe quem se afasta de nossas regras do bem escolher. A simplicidade é fundamental. Não é seara propícia para a invenções.
Todo esse preâmbulo para contar fato recente que aconteceu comigo. Encontrei antigo colega de trabalho. Na última ocasião em que nos víramos estava prestes a se casar. Agora, anos depois, perguntei como estava, se tinha filhos. Disse-me que sim, duas meninas. A mais velha, Isabele e a caçula, Gabriele. Agora voltemos aos detalhes. A diferença que uma letra, apenas uma letrinha pode fazer. Como é feio esse e no final! Vamos trocar por a? Isabela e Gabriela. Bem melhor, não acham?

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