segunda-feira, novembro 27, 2006

Day-dreaming

Sonhar é melhor que viver. Muitas vezes. Fugir da realidade pode ser um recurso salutar, trazer um pouco de tempero e alegria para a rotina. Imaginar que seríamos assim, se não fôssemos assado, é capaz de fazer a diferença entre viver bem ou mal.
Leio, com muito interesse, recente declaração de Agnaldo Silva em entrevista. Nela afirma serem os autores de novelas raça em extinção. A maior parte deles já tem idade, a renovação que se dá é pequena, a tendência é de que acabem.
Difícil para mim não invejar quem pode viver apenas do que escreve. E com muito conforto, ao que me consta. Essa fantasia que alimento, cada vez mais presente, é reforçada quando ouço afirmações como a do ilustre autor. Imagino-me, imediatamente, inventando capítulos para a televisão.
Rcentemente, por dever de um compromisso assumido, tive que passar um dia inteiro escrevendo. Poucas vezes senti-me tão bem e realizado ao final de uma jornada. Não vi o tempo passar, distraí-me, senti que era útil, considerei importante o que fazia. Tudo muito diferente de como me encontro normalmente após oito horas dedicadas à empresa onde trabalho.
É assim que sonho acordado. No futuro, por algum azar da sorte, viverei somente das idéias que ponho no computador. Parceiros: o Word e eu.

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