O ano de 1964 foi inesquecível para o bem e para o mal. Trouxe-nos o golpe militar e um longo período ditatorial, deu-me uma irmã, a Mariana, viu nascer o Zimbo Trio.
Não podia deixar de fazer minha homenagem ao Luiz Chaves, maravilhoso contrabaixista, falecido ontem, aos 75 anos. Junto com Rubinho Barsotti na bateria e Amilton Godoy no piano, formou um dos mais importantes e sólidos grupos musicais que já tivemos. Ouvindo, maravilhado como sempre fico ao escutá-los, O Morro Não Tem Vez escrevo essa postagem. Parece que vejo a figura esguia abraçada ao instrumento de madeira, os dedos precisos fazendo as cordas gemerem a melodia, beliscando a canção dolentemente. Comovo-me relembrando o passado. As noites em família, a televisão em branco e preto, a casa onde morávamos. O programa "Fino da Bossa" e o palco dividido com Elis Regina. A elegância competente dos músicos que ajudaram a criar o samba-jazz, terno escuro e gravata fininha.
Tomo a liberdade de incluir, sei que o poetinha Vinícius não se incomodaria, Luiz Chaves no Samba da Bênção.
A bênção, Luiz Chaves!
4 comentários:
Lord Brocken Pottery, cá estou. Te procurei, cliquei, achei.
O Zimbo Trio faz parte da minha lembrança de juventude(tenho meus cinquenta e uns). E também relaciono-o a Elis e à época dos festivais. Durante muito tempo quando passava de ônibus em frente à escola de música que eles "tocavam" se não me engano no bairro do Brooklin em São Paulo, várias músicas me vinham à memória.
Não sabia da morte de Luiz Chaves.
Grande abraço
(PS: obrigado pelo link do PerplexoInside)
Valter,
Fico contente em vê-lo por aqui. Temos idades próximas, sou dois anos mais velho. Pelos nossos textos dá para perceber influências comuns.
Grande abraço
abençoado seja
Oi Guga,
Sinta-se em casa.
Grande abraço
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