terça-feira, janeiro 30, 2007

Old Friends

No que tange a amigos me considero um sujeito de sorte. Os que fiz pela vida mantenho, embora não os veja sempre, ou conviva cotidianamente com eles. Volta e meia os encontro e é sempre uma celebração. O carinho se renova, velhas histórias são relembradas, afastamo-nos felizes, realizados, corações aquecidos por esse carinho antigo que vem, muitas vezes, ainda dos tempos de colégio.
É um sentimento diferente. Certeza de que aquele amor nascido lá atrás, em momento especial da existência, não irá se acabar. É por isso mesmo, por essa convicção, que esse estar junto fortuito é tranqüilo, prazeroso, desprovido de ansiedade. Podemos festejar animados, remoçados pelas conversas que mantemos, o passado voltando para nos acarinhar.
Aconteceu novamente essa semana. Um amigo que não via desde que saí da escola, em 1972, telefonou-me. Inicialmente confundiu-se, relevou o Filho que carrego no nome, discou para casa de minha mãe e perguntou, atrapalhado, por meu pai. Informado de que havia falecido faz tempo explicou-se, desfez as dúvidas e chegou, finalmente, ao meu número.
Lembramos de quando, nas vésperas de provas, trancados no quarto para estudar, saíamos pela janela e ganhávamos a rua, indo empinar pipas. Era meu vizinho de quarteirão, colega de classe, estávamos sempre juntos. Vive agora em Juiz de Fora, morou cinco anos na Itália, casou, tem um casal de filhos, trabalha com eletrônica. Falo também de mim. Conta-me que engordou, pesa agora 90 quilos. Ficamos bons minutos conversando. Recordar é viver!

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