segunda-feira, outubro 16, 2006

Questions

Recebi as questões abaixo em meu e-mail. Vou tentar respondê-las. Faz de conta que sou o Alckmin.


ATIRE A PRIMEIRA PEDRA !
Será que o Jornal Nacional teria coragem de fazer estas perguntas ao Alckmin no Domingo?

Se esta mensagem circular de maneira vigorosa, o Jornal Nacional vai ter que enfrentar o Alckmin e perguntar aquilo que todos nós queremos saber.

Queremos que Bonner e Fátima façam as perguntas ao Alckmin.

1) O senhor que promete um banho de ética, não percebeu que sua filha trabalhava com a maior quadrilha de contrabandistas de roupas, a Daslú?

Quando se trabalha em uma empresa, se é funcionário de uma organização, é difícil saber o que acontece na administração dela. Tenho um amigo que trabalhou vinte e seis anos em um banco. Seria culpado pelas falcatruas, caso existissem, feitas por alto executivos do lugar que lhe pagava o salário? Minha filha era vendedora de roupas.

2) O Senhor não percebeu que sua esposa recebeu 400 vestidos de luxo, em troca sabe-se lá de que, e depois, sem jeito, ela declarou que havia doado para instituições de caridade, o que foi negado pela instituição?

Houve realmente a doação. Em troca de nada, absolutamente nada.


3) O senhor ao assumir o segundo mandato, afirmava que a segurança pública era o maior problema do Estado. Porque menosprezou o PCC, e permitiu que a população vivesse dias de pânico com os ataques?

A segurança continua sendo um dos maiores problemas do Estado. O PCC, como outros grupos criminosos: Comando Vermelho e Amigos dos Amigos, só para citar mais dois, nasceu e se desenvolveu em condições muito especiais. A falta de perspectivas sociais, as drogas e a ausência de justiça efetiva, tem levado os jovens à completa marginalização. É um problema sério e muito amplo que deveria ser abordado, discutido, pensado, em âmbito nacional, até mesmo por não se limitar só a São Paulo ou ao Rio de Janeiro. Outras grandes cidades também sofrem dessa mesma incapacidade de lidar com a criminalidade. A solução passa por um planejamento amplo que envolve: educação, emprego, fiscalização das fronteiras, legislação mais eficaz, presídios mais justos e eficientes. Temos aqui um problema para ser atacado no país como um todo.


4) O que o senhor acha a respeito dos secretários do seu Governo negociarem com bandidos durante os ataques?

Nada contra se for em nome da solução dos problemas. Para usar uma frase que a mãe do Lula certamente usaria: "Melhor prevenir, do que remediar".

5) Enquanto Governador, por que a bancada de seu partido não permitiu a criação de nenhuma CPI, o senhor não acha que as CPIS são importantes?

As CPIS são importantes. É também importante e usual, em grande parte das democracias, que os governos que fazem a maioria de suas Câmaras usem essa força para governar. Sem essa habilidade política é muito difícil que os governos obtenham sucesso. O governante precisa de tranqüilidade para governar. O Lula também barrou as CPIS que conseguiu barrar. Não barrou mais por ter tido dificuldade em compor maioria, houve aqui uma dificuldade política muito grande. Agora quando for crime, quando for importante, tem que ter CPI, tem que investigar. Sou favorável.

6) Por que o senhor e seu partido privatizaram todas as empresas estatais de São Paulo, como as estradas, que cobram pedágios astronômicos, com as empresas elétricas, o Banespa... Se assumir a presidência o senhor vai rivatizar a Petrobrás como FHC fez com a Vale do Rio Doce, e até hoje ninguém sabe onde foi parar o dinheiro?

Recentemente houve uma pesquisa que mostrou que as estradas de São Paulo são as melhores do país. Antes do governo FHC telefone era um artigo de luxo, alguns ricos viviam da negociação de linhas. Hoje existem celulares até nas favelas. O progresso foi enorme e muito rápido. Não há necessidade de se privatizar a Petrobrás. A privatização da Vale do Rio Doce foi um caso de sucesso. Aliás, se todas essas empresas privatizadas fossem o problema que alegam ter sido, creio que teriam sido reestatizadas pelo governo Lula.

7) Se o senhor for Presidente, vai invadir a Bolívia com o exército e se alinhar aos EUA, liderando a política de opressão aos povos da AL?

Não. Mas serei firme com contratos assinados. Contrato assinado tem que ser respeitado por todo mundo, inclusive por governos. Negociamos muito mal essa questão.

8) Por que o senhor gastava tanto dinheiro com publicidade numa revista insignificante, que por coincidência era de seu acupunturista?

Nada se provou sobre isso. Aliás, isso de se gastar dinheiro com publicidade sempre me lembra o Gushiken.

9) Por que o senhor superfatura o pagamento para os empresários que exploram os restaurantes de comida a R$ 1,00, pagar mais R$ 3,50 por prato para o dono do restaurante, que tem uma clientela garantida de mais de 1.000 refeições por dia, além de algumas benesses do Estado, não é um assalto ao bolso do contribuinte?

Engraçado que uma iniciativa que fornece refeições de boa qualidade, baratas, à população carente, seja criticada. Certamente seria aplaudida se fosse iniciativa do Lula. Não existe superfaturamento.

10) O senhor que fala tanto em choque de gestão, por que está deixando um rombo de 1 bilhão e duzentos mil no estado de São Paulo, que pode levar seu vice, Cláudio Lembo, para a cadeia? Ainda neste tema, o que o senhor achou da declaração do recém eleito José Serra, dizendo que vai cancelar a privatização da Nossa Caixa, iniciada na surdina pelo senhor durante seu governo?

De onde vocês tiraram esse rombo? O Claúdio Lembo, para alegria dele, logo estará entre os seus livros. Não ouvi o José Serra dizer isso, mas se disse está certo. Eu também cancelaria.

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