quinta-feira, fevereiro 21, 2008

As Time Goes By

O tempo passa nos trazendo surpresas. O futuro quase inexiste tão intimamente está ligado ao presente. O ritmo frenético dos acontecimentos vomita, diariamente, novidades difíceis de digerir. Sem muito questionamento abraçamos tudo, moderninhos, loucos para parecermos atuais, perfeitamente adaptados ao existir-tecnológico. Tudo isso tão naturalmente arraigado ao nosso cotidiano, que vez em quando nos surpreendemos, se o inusitado acontece.
Estar desplugado é condição assustadora, virou pesadelo.
Fico sabendo de um escândalo em família. Minha sobrinha, estudiosa, chegou em casa programando realizar um trabalho para o colégio. Encontrou, desespero dos desesperos, o computador sem acesso à Internet. Fez o que sempre faz, correu para casa de minha mãe, a avó, pretendendo chorar as pitangas em colo quente. Lá, acalmada a gritaria de queixas, mergulhada em carinho abundante, ficou sabendo de uma coisa estranha, a existência de enciclopédias. Foi apresentada aos livros que os tios utilizavam quando tinham a sua idade. Mal pode acreditar. Aqueles tomos amarelados possuíam tudo o que precisava. Índice, acesso rápido, independência total de eletricidade, comodidade, podiam ser carregados para todo o canto. Sentou-se, acomodou o grande volume sobre a mesa da sala, pesquisou, achou o que desejava. Com letra bonita e caprichada, exigência de quem é obrigada a evitar o velhaco copiar-colar, escreveu a lição.
Adoro quando o passado chega de mansinho pregando peças.

56 comentários:

Silvares disse...

É isso mesmo, Lord. Só precisamos mesmo perceber que estamos a viver no presente para podermos fazer do passado aquilo que ele é: um espelhinho de bolso.
Belo texto.

Anônimo disse...

hahaah.. Lord querido, tô de volta... adorei esse post!
Realmente a internet toma conta de quase toda mão de obra hoje... e ficamos tão envolvidos que acabamos nos esquecendo do 'modo convencional' de fazer as coisas...rsss

Mas que com ela eh bem melhor eh simmmm... big beijoss pra ti!!^^

Anônimo disse...

Lord,
a tv já faz há algum tempo isso de não nos deixar sentir os seres e objetos a partir dos sentidos que não a visão, ah, digo visão da tela. Então estamos nessa: da telinha, pra telininininha, e depois pra telininininimha e então...
Podíamos, pelo menos, ir mais à telona - cinema.
E o celular, então?
Bj.
Sibila.

Vivien Morgato : disse...

Lord Caco,acho que o problema não está em usar a internet,mas em como usar.Trabalhei com professores que não orientavam seus alunos,assim,não sabiam como procurar,como construir um texto,como usar a internet como fonte.
E ,particularmente,já fiz "copiar/colar" em encicolpédias,quando criança...copiava literalmente,sem prestar atenção alguma.
Acho que a ação e não o objeto é que precisam de orientação.
beijão.

Aninha Pontes disse...

Pois é, os velhos livros mostrando à eles o seu valor.
Esse manusear os volumes é que faz a diferença, mesmo que seja de início com copiar e colar como disse a Vivien.
Mas o hábito de usá-los, com certeza fará com que se aprenda, e bem.
Também nos livros, uma boa orientação é fundamental.
Acho que o Adelino vai gostar muito deste post.
Um beijo.

Anônimo disse...

Querido Lord Caco,

o Paulinho da Viola que, em minha opinião de fã desvairada, sempre soube das coisas, há muito nos lembra-ensina: "vá ouvir um samba antigo pra saber o que há de novo".

Beijo da

Vivina.

PS. Seu texto é lindo, um beijo pra sua mãe e outro pra neta dela, que deve ser uma das filhas da Mariana, não é?

Anônimo disse...

Barsa, Conhecer e Saúde... Me fez lembrar de meus trabalhos escolares, com o nariz enfiado numa dessas ou na biblioteca municipal... Aquela molecada tentando não rir alto e fazer a pesquisa. Bons tempos aqueles...

Beijos

Blog do Beagle disse...

E eu, adoro textos inteligentes e perspicazes. Bjkª. Elza

Anônimo disse...

Excelente texto.O mesmo aconteceu com a minha vizinha.Adorou o cheiro do papel!

Ricardo Rayol disse...

isso sim é de surpreender. uma bela lição.

Anônimo disse...

Saudades da velha BARSA...rs.
Lord, Wikipédia é bom, Google é excelente, mas nenhum desses meios modernos equivalem ao prazer de folhear um volume ilustrado, digerindo as letras, sugando parágrafos, buscando verbetes complementares, sentindo o cheiro do papel e percebendo a densidade das páginas.
Saudades da velha BARSA...rs.
Bom fim de semana, meu amigo.

Anônimo disse...

Lord, eu tenho um companheiro de trabalho, "seu Valmir", de setenta e tantos anos (sempre digo que ele já deveria estar em casa descansando, mas se parar ele morre) que quando acaba o cartucho da nossa impressora ele sempre avisa: "Precisamos comprar carbono novo! // Texto excelente.

anna disse...

querido, lord, tenho sorte de ter uma fiha devoradora de livros, fiel visitante de sebos e bibliotecas das escolas por onde passa. o outro, mais jovem, passa agora aos 15 a interessar-se pela literatura, aquela escrita em papel.
mas quanto as enciclopédias, fica a questão da informação desatualizada.
aí mora o argumento dos jovens para fazerem as lições e pesquisas escolares usando o grande mestre das enciclopédias: santo goggle.

Anônimo disse...

E eu adoro quando alguém nos lembra que existia vida antes da net, meu amigo. Mesmo sendo viciada nela, como sou...
Olha, gostei tanto que vou linkar o seu texto lá no Porta. Só para ninguém se esquecer de que existem livros, e que alguns deles são enciclopédias!!

Um grande beijo.

jayme disse...

Milord, sempre gosto de recursos que funcionem sem precisar da tomada. Sem ser iconoclasta, nada como um bom livro.

Anônimo disse...

Lord
sua sobrinha poderia ter aproveitado e conhecido aquela outra espetacular invenção : a máquina de escrever, um inusitado instrumento que imprime enquanto você digita ( digita? ... datilografa ), uma maravilha, eh, eh
abraços

Anônimo disse...

fico imaginando o dia em que presenciaremos a chegada daquela engenhoca do futuro previsto pelo woody allen no filme 'sleeper' (o dorminhoco): o orgasmotron - a máquina de fazer sexo!

Lidianismo disse...

Sabes que tem horas que me dá vontade de largar tudo e ir pro sítio ficar durante meses?

Meu próprio blog, há dias que nem eu passo lá.
Hehehehehehehe

Um beijo.

Lord Broken Pottery disse...

Silvares,
Particularmente tenho atração especial pelo passado. Adorei a comparação com o espelhinho de bolso.
Grande abraço

Polly,
Interessante você citar o modo convencional de se fazer as coisas. Caminhamos por terrenos tão áridos que chegaram a inventar o sexo virtual, cúmulo dos cúmulos. Precisamos, me parece, lembrarmos do jeito antigo de se pensar.
Beijo grande

Sibila,
Você tem razão a vida virou tele-vida, tudo o que se faz é via telas. Já somos mais do que meros tele-espectadores.
Grande beijo

Vivien,
Não vejo problema nenhum no uso da Internet, super prático, também a utilizo. O que achei bacana foi perceber que os jovens surpreendem-se com a possibilidade de uma enciclopédia. Quanto à cópia é um problema que veio do passado e persiste no presente. As enciclopédias, porém, apresentam, em muitos casos, informações mais bem cuidadas e elaboradas, podendo ser mais uma opção para os jovens. É claro que a maioria ficará com preguiça de virar as páginas.
Grande beijo

Aninha,
É bem por aí. Livros precisam de contato íntimo com os leitores e vice-versa. É através desse contato que adqüire-se o hábito de leitura. Só quem percebe e se acostuma com o cheiro apaixonante dos livros pode perceber o quanto são fundamentais. Internet é inodora.
Grande beijo

Vivian,
É, sim, o episódio aconteceu com a Joana. Ela é ótima aluna, dessas que pesquisam, lêem muito. Com doze anos já leu o Harry Potter todo em inglês, deve ter puxado o tio. Ficou encantada com as facilidades que as enciclopédias proporcionam.
Grande beijo

Sandra,
Também tive a Barsa, Delta La Rousse, Conhecer, Medicina e Saúde, Gênios da Pintura, entre outras. Naquela época meu pai era a alegria dos vendedores de enciclopédias. Era só tocarem a campanhia de nossa casa, na rua dos Tamanás, em Pinheiros, pedir licença, entrar e fazer um bom negócio. O velho era um comprador compulsivo de enciclopédias.
Beijo grande

Elza,
Temos isso em comum, textos inteligentes são uma forma agradável de passar o tempo.
Grande beijo

Magui,
Também adoro cheiro de livro.
Grande beijo

Ricardo,
Dessas lições que valem pra vida inteira: livro vem sempre em primeiro lugar.
Grande abraço

Mario,
Tenho saudades até da Enciclopédia Britânica. A bíblia dela era tão bonita que mesmo em casa de ateus, como a nossa, ficava em lugar de destaque. Já a Barsa era a amiga de todos os dias.
Abração

Anna,
Os jovens não estão totalmente certos nesse caso. Alguns verbetes das enciclopédias, principalmente os mais históricos, referentes a coisas que aconteceram no passado, são muito bem feitos e atuais.
Grande beijo

Ana,
O texto estará em um sítio dos melhores, sentirá orgulho em postar-se lá. Também gosto de lembrar que existia vida antes da Net.
Grande beijo

Jayme,
Chegará o dia em que inventarão de nos plugarem em tomadas por alguma razão. Não há mais vida distante das tomadas.
Grande abraço

Peri,
Vou contar uma coisa só pra você, não espalha. Meu primeiro livro, escrito em 1992, foi elaborado em máquina de escrever. O mais incrível é que foi escrito, publicado, nada o diferencia dos outros. Apenas a certeza de que tive que ser mais cuidadoso ao escrever, não dava para corrigir a toda hora.
Grande abraço

Marcio,
Já devem estar criando no Japão, quem sabe a Sony? Terão que ser adaptados, os modelos comprados pelas mulheres, adqüando-os aos tamanhos ocidentais.
Grande abraço

Lidiane,
É a maior vontade que tenho. Ficar em um canto lendo à luz de velas.
Beijo grande

Anônimo disse...

Lord,

Eu tive a experiência de pegar a transição. Fiz muito trabalho me baseando na Barsa, mas no fim da vida estudantil, já ensaiava o ctrl+c/ctrl+v na Enciclopédia Virtual Encarta. Não era tão moderna e “daily updated” como os Googles de hoje em dia, mas já era um grande avanço. Saudosismo ou não, a Barsa é muito mais legal.

Se me permite, vou abusar do seu espaço: Mãe, Paulinho diria ainda que "as coisas estão no mundo, só é preciso aprender". E há quanto tempo a enciclopédia não está aí, no mundo? Ainda bem que a vó ensina...

Abraço,

Fabiano

Lord Broken Pottery disse...

Fabiano,
Até porque, meu amigo, como contou o próprio Paulinho à respeito de quanto tinha quatorze anos, e o pai perguntou se queria estudar filosofia, medicina ou engenharia, não apenas ele tinha que ser doutor. Hoje todos deverão estudar o mais que puderem e a Barsa, e outras enciclopédias, poderão ser um bom auxílio. Bacana você ter vivido a transição, do tempo em que usávamos o Cadê antes do Google.
Grande abraço

Anônimo disse...

Lord Caco, meu quase filho,

esse seu blog tá virando reunião familiar regada a Paulinho da Viola, tá vendo?
Quando estiver com saudade do Fabiano, que vejo bem menos que gostaria, já sei: visito seu blog!
E ele citou logo minha música preferida, "Coisas do Mundo".

Fabiano, meu filho (sem quase),
devo estar sendo dramática, mas freqüentemente me pego pensando que é um privilégio ser sua mãe.

Chega, né Lord? Mãe a gente tem de segurar, senão...

Beijos maternais,

Vivina.

Lord Broken Pottery disse...

Vivina, querida,
Você está mais do que certa em sentir esse orgulho, muito justificado. Estive com o Fabiano no sábado, assistindo ao casamento do Mario com a Aline e papeamos um pouco, embora menos do que gostaria. Foi, apesar de rápido, um contato dos mais agradáveis. O Fabiano é um cara muito bacana. Não elogio mais para não encabular o garoto.
Grande beijo

Só- Poesias e outros itens disse...

Eu adoro o cheiro do papel, é indiscutível para começar a absorver as palavras.

Adorei o seu texto. ( têm cheiro bom de papel antigo).

bjs.

JU gioli

Lord Broken Pottery disse...

Ju,
Eu também. Ainda lembro do cheiro de alguns livros que li em minha juventude. O de Robson Crusoé, velhinho e empoeirado, me remete a uma ilha com sabor de aventuras.
Grande beijo

Anônimo disse...

Lord quase irmão, mãe,

Não sei se era a intuito, mas já me encabularam. Agradeço, meio sem graça...

Um abraço, um beijo,

Fabiano

PS: Lord, pra quem não gostamos de mudanças esta do Cadê pro Google foi das mais sofridas dos últimos tempos, não foi? Mas, quem sabe, uma prova de que elas valem a pena!

Lord Broken Pottery disse...

Fabiano,
Concordo. O Mario, já que falamos nele, custou muito para me convencer que o Google era melhor do que o Cadê, como se houvesse comparação, hoje sei.
Grande abraço

Anunciação disse...

Eu também,Mylord;é uma maravilha!

Norival R. Duarte disse...

Caro Lord:
Belo texto, belos comentários.
Comentários, quase sempre, enriquecem a própria postagem, segundo meu ponto de vista. Sou um ledor fanático de todos os comentários que encontro na web. Não escapa nenhum!
Deixo dois de lambuza:
1) Não largo mão do meu Aurélio 1ª Edição, 4ª Impressão, 5,5 cm de altura, quase 3 kg, 1516 páginas, mesmo com a capa já toda remendada;
2) Sou diplomado pela Escola Remington de Datilografia de Resende, ano de 1958, estudando (?) naquelas máquinas mecânicas de mesmo nome que precisavam que a gente empurrasse uns 3 cm cada tecla para baixo, fazendo força, o que, depois de meia hora de aula, você não agüentava segurar nem a folha de papel.
E como dizia um menininho que vi numa charge, vendo um cara datilografando em máquina semelhante, em cuja carinha havia um misto de incredibilidade e estupefação; “- Puxa, moço! E ela imprime na mesma hora?!”
Abraços papagoiabenses.

Anônimo disse...

Lord,
Que lindo! há sempre um bom lugar para os livros e enciclopédias - nas mãos de quem gosta deles, não é mesmo? Você conseguiu apresentá-los de novo para nós. Beijo, Lady Madonna

... disse...

A história/exemplo serve para nós, os tios e avós.
Pesquisar nas bibliotecas é coisa deliciosa, encontro com as coisas.Na USP cada unidade há a sua e o acesso é livre a todos.
Um bom programa: Preparar um belo lanche, ir às bibliotecas de lá, lanchar sob as árvores claro deitar no gramado,sonecar e voltar a ciscar,assim passar o dia, ou os dias.Minha tomada de alta tensão preferida.
abr.

Anônimo disse...

Lord,

que texto primoroso.
Depois esses, mais de trinta comentários, fica pouco para se dizer!
Mas sua sobrinha foi uma sortuda. Quantas, da idade dela, terão nas casas dos avós, uma biblioteca e enciclopédias?
O Google veio para ficar! Ruim? Pior? Não sei. É outra coisa.
No futuro outros odores inspirarão a imaginação das crianças. Não será o do papel dos livros, com certeza!

Bom fim de semana!

Maria Helena disse...

Lord,
Quando o passado auxilia o presente
de forma simples e suficiente como foi colocado, sinto uma nostalgia bater forte. Lembranças de aluna,
de mãe, de professora, de uma vida voltada para a educação.
Gosto do moderno, utilizo a tecnologia,admiro e admito a importância dela,mas o passado chegando de mansinho como vc
disse , foi muito bonito.
Bjs

Old Mag disse...

Saudoso Lord
Uma visitinha sem comentário de texto, mas não vai ser sempre assim. Depois de tabalhar por algumas horas num texto encomendado, fiquei sem poder fixar a vista em mais uma leitura. Mas ando para a cura possível a passos largos. Até julho, recebo a indicação para a lente definitiva. E aí poderei ser mais atenciosa.
Abraço.

Anônimo disse...

Lord, lembrei-me da infância e das tardes na biblioteca do colégio "fazendo pesquisas".
Os jovens de hoje realmente não têm o prazer de manusear aqueles livros imensos e descobrir, em cada página ilustrada e cheia de novidades.

Aliás, pensando bem, uma enciclopédia hoje, ficaria desatualidada em pouquíssimo tempo, em vista das constantes descobertas científicas. Porém, é sempre um prazer ler direito na fonte.

beijos, bom final de semana.

Lord Broken Pottery disse...

Anunciação,
Pois é, muito bom quando o passado nos surpreende.
Beijo grande

Norival,
Seu comentário é ótimo, chama atenção para coisas importantes. Concordo quando diz que os comentários enriquecem o texto. Na minha opinião o texto é apenas um mote para que tenhamos os comentários. Eles é que são verdadeiramente importantes, é para ter o prazer de lê-los que escrevo. Com relação ao Aurélio também tenho um, aliás dois. Um com dedicatório do próprio para minha avó, é de bolso, guardo-o com muito carinho. Outro, grande e de capa dura, é meu companheiro inseparável. A impressão que tenho é de que seria completamente analfabeto sem ele, não conseguiria escrever. Com relação à cursos de máquina de escrever e às próprias, muito pode ser dito. O meu primeiro livro publicado foi escrito em uma. Eu escrevia à mão e minha mulher datilografava, não faz tanto tempo assim, foi em 1991. Só faltou falarmos dos cursos de caligrafia, lembra?
Grande abraço

Querida prima, Lady Madona,
Andava com saudades suas, há muito não vem por aqui. Bom que tenha gostado do texto. Seu pai, meu querido tio, tenho certeza, concordaria comigo. Nada como um livro.até mesmo enciclopédias.
Beijo grande

Fernando,
Esta tomada de alta tensão está light, também faz o meu gênero. O programa que você descreve é delicioso.
Grande abraço

Eduardo,
Não contesto, veio mesmo pra ficar e é muito útil. Pena que bibliotecas públicas, provavelmente por má orientação de nossos meninos, que vêem no Google a única opção aceitável, estão sendo fechadas por falta de freqüência. Isso, sem dúvida, não cheira bem.
Grande abraço

Maria Helena,
Também gosto de moderno. Ainda ontem comprei uma impressora nova depois de ter ficado algum tempo sem. A sensação que tive é de que viver sem uma em casa é muito difícil. É justamente isso que me assusta na tecnologia, essa dependência que nos impõem certos equipamentos. Em pouco tempo estamos completamente dependentes, viciados. Sob alguns aspectos lembram drogas. Se formos analisar, a relação com os livros e enciclopédias era mais tranqüila. O ritmo, aliás, era mais tranqüilo.
Grande beijo

Minha querida young Mag,
Felicíssimo em vê-la por aqui e torcendo para que essas lentes lhe ponham no foco o mais rápido possível.
Grande beijo

Saramar,
Ficaria desatualizada apenas em alguns aspectos. Muita coisa que está lá é eterna.
Grande beijo

dade amorim disse...

É verdade, e é consolador que as enciclopédias não tenham sido varridas da face da terra depois que a internet chegou, viu e venceu - até que falte energia ou o servidor "caia". Grande texto, Lord! Grande abraço.

Lord Broken Pottery disse...

Adelaide,
Gostei. Precisamos de alguma coisa de prontidão para quando a energia faltar ou o servidor cair.
Grande beijo

Anônimo disse...

Lord,

Seu texto me lembrou a surpresa das minhas filhas quando ouviram um LP do pai!!um beijo...

Anônimo disse...

"... Adoro quando o passado chega de mansinho pregando peças." (Lord)

Acontece sim, Lord. Eu me arrependo amargamente de ter praticamente colocado fora uma dicionário ilustrado Delta-Larousse. Achei assim: fica ocupando espaço quando temos tudo na Internet.
De vez em quando fico pensando como era bom o tempo em que ligávamos para uma empresa, e falávamos com um ser humano...
Grande abraço

Lord Broken Pottery disse...

Mani,
Os LPs caracterizavam-se também por possuírem cheiro. Ainda lembro do aroma deles, novinhos, quando retirados da capa. Boa lembrança!
Beijo

Adelino,
Hoje, mesmo quando falamos com seres humanos, eles têm pouco de humanos, parecem mais com máquinas.
Grande abraço

Carol Timm disse...

Lord,

Cheguei até você pelo Adelaide do Umbigo do Sonho. Seu comentário no quente debate despertou minha curiosidade...

Foi uma grata surpresa achar esse blog e ler de primeiro, esse post saudosista. Como a gente vivia bem sem a internet, né?

Bem, a verdade é que vivemos muito melhor com ela agora, não vou negar que sou apaixonada pela blogosfera, seria muita hipocrisia da minha parte.

Enfim, vou te linkar, ver seus livros infantis que estou curiosa (também tenho um blog infantil)...

Abraços,
Carol

Lord Broken Pottery disse...

Oi Carol,
O Seu comentário lá no Umbigo revela também o que sinto. Só corrigindo, não tenho um blog infantil, as histórias foram contratadas pelo Brincando na Rede, que é um site do Banco Real. Estou linkando o Casa de Leitura, vou lê-lo com calma, degustando.
Grande beijo

Anônimo disse...

Nossa, Ricardo, me deu uma saudade de meu anjinho... Ele, ao contrário dos colegas que e-colavam, preferia pesquisar nas enciclopédias e livros que nunca deixaram de estar aqui em casa. E minha filha, ao casar, fez questão de lear a coleção completa da Barsa. Será que os pais não estão comprando livros, enciclopédias, estas relíquias tão necessárias? É como uma casa sem velas: ao faltar eletricidade, ficam todos às escuras.
abraço, garoto

james emanuel de albuquerque disse...

Lindo texto.

Será que a magia dos livros sobreviverá nas próximas gerações?...

Um abraço.

Lord Broken Pottery disse...

Denise,
Será? Tenho as mesmas dúvidas que você têm mas uma certeza: nada como pesquisar as coisas em um bom livro. Folhear as páginas é uma experiência única.
Grande beijo

James,
Espero que sim, meu amigo.
Grande abraço

Anônimo disse...

No texto que fala da nossa dependência da net... Eu penso sempre nisso quando percebo o quanto somos dependentes da eletricidade... Numa noite destas houve black out geral no nosso bairro, os vizinhos saíram dos apartamentos descendo aos jardins do condomínio a conversar, uns reclamavam outros riam (sempre tem algum comentário engraçado no meio da confusão) Eu não tive dúvidas, peguei minhas velhas partituras, acendí algumas velas e comecei a tocar piano...rsrs. Toquei de tudo... Chopin, Mozart, Raul Seixas, Martinho da Vila, Djavan, Zeze di Camargo... enfim, queria sentir a vida no meio daquela escuridão... Em dado momento,bateram à janela, assustei-me pensando que ouviria uma reclamação... qual nada, eram os vizinhos pedindo para deixar a janela aberta para que pudessem ouvir melhor... sentados alegres diante da minha janela, iluminados pela lua, tive a melhor platéia da minha vida...
...e acredite, felizes sem poderosa eletricidade.ass.Joieli Fernandes

Lord Broken Pottery disse...

Joieli,
Que lindo texto! Pude imaginar a cena, mereceria ser filmada. Avalio a surpresa das pessoas se encontrando, conversando, ouvindo boa música através da janela. Bem que poderia ser sempre assim, os vizinhos mais próximos. Tanta coisa separando gente...
Grande abraço

ana v. disse...

Onde anda você que não aparece, realeza?
Um beijo

Lord Broken Pottery disse...

Ana,
Você tem razão em cobrar minha presença. Acho que ninguém tem sentido mais falta de vocês do que eu. A sua pergunta merece uma resposta que só um post pode dar. Vamos à ele.
Grande beijo

MariaV disse...

My Lord, Adorei o seu post. E, engraçado, estou a sentir-me pequenininha depois de ler todos estes comentários (50!!!??) E a sua última frase, linda, recordou-me o José Mauro de Vasconcelos que me acompanhou durante alguns anos, primeiro com "O Meu Pé de Laranja Lima" e depois com muitos outros livros que adorei.
Pois é. Eu também "adoro quando o passado chega de mansinho pregando peças".
Posso mandar-lhe um beijo?

Clélia Riquino disse...

É mesmo ótimo isso, Lord: "Adoro quando o passado chega de mansinho pregando peças."

A gente desacostumou a escrever à mão. Tudo, hoje, é digitado & impresso. Até preencher cheque é coisa rara, já que há cartões de débito & crédito. (lembrei-me, agora, do bilhete que lhe mandei, junto ao CD do Henry Salvador)

bjo,
Clélia

Anônimo disse...

Absolutamente délicieux!!!!!!

Uma delícia este post.
Um beijo, e um sorriso cúmplice;-)))
Beijos
Meg

Lord Broken Pottery disse...

Mariav,
O Zé Mauro era um grande sujeito. Também gostei muito do Meu Pé de Laranja Lima. Foi sempre muito criticado, era considerado um escritor menor, mas tinha um certo valor em minha opinião. Já linkei você aí ao lado.
Retribuo o beijo.

Clélia,
Foi bilhete que li com alegria, recebendo um ótimo presente.
Grande beijo

Meg,
Esse sorriso cúmplice tem significados que só nós dois entendemos.
Grande beijo

Anônimo disse...

Estimado Lord,
entrar neste blog é ter a sensação de chegar a uma festa cheia de gente especial...
Parabéns por reunir num só lugar
tantas pedras preciosas.
Se voce quizer ouvir minha música também acesse www.joielifernandes.com.br
Deixei lá um pouquinho da minha emoção... me diz se gostou, por favor.
Beijos
Joieli Fernandes-Brasil

Lord Broken Pottery disse...

Joieli,
Tendei abrir aqui no trabalho, louco para ouvir aquilo que, tenho certeza, seria boa música. Não consegui, a conexão não está com velocidade boa. Tentarei ouvir em casa. Assim que ouvir te conto sobre minhas impressões.
Grande beijo