quarta-feira, setembro 06, 2006

The World We Live In

Ontem bateram no meu carro. Não sou desses que os tratam como gente. Tenho uma colega no trabalho, tão alucinada pelo seu veículo, que gasta uma caixa de cotonetes para lavá-lo. Costuma dizer que é para limpar as dobrinhas do meninão, um Honda Civic preto.
Automóvel para mim é condução. Sujeito a pancadas, arranhões, roubos, por isso pago o seguro. Quando é necessário mando arrumar o mais rápido possível considerando, por experiência própria, que amassado chama outro amassado, e toco o barco para frente.
Ia tranqüilamente pela alameda Santos, na faixa mais à esquerda, quando a motorista que dirigia um pouco mais adiante, resolveu trocar de pista, passando para a minha. Não deu tempo de evitar totalmente o acidente. O paralama dianteiro direito foi tocado.
A moça parou, desceu, olhou o estrago, pediu muitas desculpas, educada, e me deu o cartão de um funileiro. Disse que era pessoa de confiança dela e que cuidaria muito bem do meu caso.
Hoje estive no endereço marcado. Atendeu-me um senhor bastante simpático. Contou-me que a Dra. Estela já havia telefonado e avisado que eu passaria por lá. Pedi um orçamento, querendo saber em quanto ficaria o conserto. Mudou de assunto, acertaria mais tarde com a menina, de quem conhecia a familia, pessoas de bem. Disse que ela freqüentava a oficina desde criança, acompanhando o pai, antes de tornar-se excelente dentista.
Combinei deixar o carro segunda-feira e apanhá-lo quarta, na hora do almoço. Dois dias e meio andando, paciência.
É sempre bom gostar de gente. O mundo fica melhor quando percebemos que podemos nos surpreender positivamente com as pessoas.

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