quarta-feira, janeiro 10, 2007

Detective Stories

Cresci lendo livros de mistério. Muito cedo aprendi que a fórmula para que nos mantenhamos bons leitores passa pela diversificação. Sempre alternei literatura pesada, séria, com textos mais palatáveis, digestivos. Aproveito, imediatamente, para fugir de uma classificação superficial. Não considero, em termos de qualidade, o romance policial menos importante.
A Inglaterra de Conan Doyle nos deu Sherlock Holmes, o início do gênero. Apareceram depois, ainda no Reino Unido, outros mestres: Agatha Christie, P.D. James e Ruth Rendall. Curiosamente senhoras, em universo violento, criando e solucionando, com muita competência, intrincados crimes. Personagens queridos e bem delineados ganhando forma e fama: Hercule Poirrot, Miss Marple e Comandante Adam Dalgliesh, por exemplo. O raciocínio dedutivo à serviço da nossa diversão. E ainda na Europa, mais especificamente na França, a genialidade de Georges Simenon e seu Comissário Maigret.
Dos Estados Unidos outras feras. Mais crus, violentos e sexualizados, os argumentos desenvolvem-se com igual força. Lembro de meu fascínio, ainda muito jovem, pelos livros de Rex Stout. O detetive Nero Wolf, gordo, desprovido de humor e criador de orquídeas que, sem nunca sair de casa, resolvia os casos baseado nas informações trazidas pelo mulherengo Archie Goodwin. E o que dizer de Dashiell Hammett e Raymond Chandler? E como se não bastasse, ainda, a excelente texana Patrícia Highsmith, criadora do anti-herói Tom Ripley, assassino totalmente amoral.
E como falo de gente que li e gostei, aproveito para sugerir mais um autor americano: Ross Thomas. Acabo de ler Espinheiro, que saiu pela Record. Conta a história da luta de Benjamin Dill para descobrir quem matou sua irmã Felicity, investigadora policial. É excelente pedida, de pegar e não largar até o fim, digno de todos os citados anteriormente.

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