sexta-feira, agosto 31, 2007

Sete Por Acasos

  1. 1953. Um óvulo, um espermatozóide, eu. Concebido por acaso.
  2. 1929; 1954. Quatro de janeiro. Ricardos pai e filho. Capricornianos do mesmo dia por acaso.
  3. 1977. Profissional de informática por acaso.
  4. 1982. Um olhar, um carinho, um compromisso. Caso-me. Feliz por acaso.
  5. 1992. Primeiro livro. Escritor por acaso.
  6. 1997. Viajo à Inglaterra. "British" por acaso.
  7. 07 de julho de 2006. Primeira postagem. Lord Broken Pottery por acaso.

A Marilia convidou-me. Respondi à convocação de falar sobre sete casualidades de minha vida. Tentei ser sintético, separar as mais importantes. Deveria passar a tarefa para mais sete. Deixo, porém, democraticamente, a sugestão de pauta para quem me lê. Se alguém tiver vontade, fique à vontade para escrever à respeito.

quarta-feira, agosto 29, 2007

Ô Zefinha!

Cresci em um ambiente muito musical. Meu pai tinha voz bonita, era afinado, cantava bem. Minha mãe ídem. Durante boa parte da juventude tive contato com amigos que tocavam violão, era comum fazermos serestas. Mais tarde, em fase de boemia brava, bebendo demais, cheguei a cantar em alguns barzinhos. Tenho excelente memória, repertório bastante grande. Continuo atento, ouvindo o que posso, sempre.
O som lá de casa vivia ligado. Papai, por exemplo, era um dos que mais o acionavam. Gosto muito particular, variado, que ainda hoje me diverte quando lembro. Elomar era o seu preferido. Havia uma canção dele, Zefinha, verdadeira obsessão do velho. Reproduzo um trechinho:
*
Ô Zefinha
O luar chegou meu bem
Vamos pela estrada que teu pai passou
Quando era criancinha igual você também
*
Até hoje meu irmão e eu rimos quando ouvimos a voz anasalada do cantor do vale do Jequitinhonha. Aquela toada linda e medieval, ficou marcada pela insistência com que era captada, verdadeiro martírio na época, por ouvidos mais jovens e roqueiros.
Outro que quase furou na vitrola foi Cat Stevens. O disco Tea for the Tillerman, preencheu muitas das manhãs ensolaradas da casa da rua Tamanás.
*
I know weve come a long way,
Were changing day to day,
But tell me, where do the children play?
*
É claro que pesquisei, procurei, e tenho hoje essas preciosidades em cedê. Consegui também o álbum do Quinteto Armorial, outra preferência evidente. Apenas uma tristeza me acompanha, a de não ter encontrado ainda o Tribute to the Memory of the Marquis de Sade, de Lallo Schifrin, além dos quatro discos gravados por Marcos Pereira, em 1973, "Música Popular do Nordeste". Sem eles minha memória musical juvenil, afetivamente ligada ao meu pai, está incompleta. Preciso urgentemente escutar novamente:
*
Vem, meu boi bonito
Vem dançar agora
Já deu meia-noite
Já rompeu a aurora.
*
...Cavalo Marinho dança no terreiro
Que o dono da casa tem muito dinheiro
Cavalo Marinho dança na calçada
Que a dona da casa tem galinha assadaoje meu irmão e eu imitamos a voz anasalad

sexta-feira, agosto 24, 2007

Family Lies

Ricardo: Por que a Mariana está chorando? Parece que o mundo vai acabar...
Mãe: Eu contei que dei a Pantita e o Branquinho.
Ricardo: Como?
Pai: Na verdade, os dois morreram atropelados hoje pela manhã.
Mãe: Alguém esqueceu o portão aberto. Os cachorros ficavam histéricos na rua, lembra?
Rogério: Mãe e filhote morreram juntos. Que história mais triste...
Mãe: Pois é, não tive coragem de contar pra sua irmã.
Pai: Eu e seu tio enterramos os bichinhos no fundo do quintal.
Ricardo: Então só ficou a Xereta?
Mãe: Contei pra sua irmã que quem respondeu ao anúncio no jornal, quis levar o Branquinho e a mãe dele.
Pai: Sua mãe inventou que gostaram tanto do Branquinho, que não quiseram deixá-lo sem família. Levaram os dois.
Ricardo: E sobrou a Xereta...
Pai: Já que o objetivo era ficarmos com um cachorro só, ficamos com ela.
Rogério: E a Mariana não gostou?
Mãe: Não se conforma por não ter sido consultada.
Pai: Diz que a Pantita era dela. Que tínhamos que dar os filhotes.
Rogério: Que confusão!
Ricardo: Mentira mais mal contada...
Mãe: O que vocês queriam, que ela chegasse da escola e encontrasse os dois mortos?
Rogério: É a vida, né?
Pai: E o trauma?
Ricardo: É melhor crescer achando que coisas suas podem ser dadas sem consulta prévia?
Rogério: Pelos próprios pais...
Mãe: Eu fiz o que achava certo e não estou pedindo opinião.
Pai: Estamos só comunicando a versão oficial do acontecido. A que vai prevalecer aqui em casa.
Ricardo: Certo. É mais fácil mentir.
Mãe: Vocês gostem ou não será assim. Achei cedo para que a Mariana entrasse em contato com a morte.
Rogério: Será que sou filho de vocês mesmo?
Pai: Não seja tolo!
Ricardo: Pronto, ele descobriu...
Mãe: Vocês são dose...
Ricardo: O papai e a mamãe acharam um bebê na lata de lixo e ...
Rogério: Eu sempre desconfiei...
Ricardo: O Rogerinho...
Mãe: É fácil julgar os outros.
Ricardo: Acho muito difícil querer manter a mana afastada do real.
Rogério: Vão ter que inventar muitas mentiras.
Pai: Temos imaginação suficiente pra proteger nossos filhos.
Ricardo: No que me toca prefiro a verdade.
Rogério: Eu também. Será que a Mariana é diferente?

terça-feira, agosto 21, 2007

Children

Ela entrou na sala correndo. Gotinhas de suor no buço. Fazia calor, quase quarenta graus. Parou de repente olhando o crucifixo na parede. Tinha que se comportar. Sentou quietinha ajeitando o vestido, compenetrada. As mãozinhas no joelho. Ao primo que não parava:
- Fique quieto, senão Deus mastiga!

terça-feira, agosto 14, 2007

Father

Quando acabei tinha certeza que tinha ficado bom. Caprichara nas rimas. Imaginei-me poeta com orgulho. Ia fazer sucesso com as meninas. Faltava agora o mais difícil, ouvir opiniões. E se não gostassem? Começaria com mamãe. Menos dura, seria fácil de agradar. Leria o poema e certamente elogiaria. Será? Ao diabo com as dúvidas. Era homem ou não? Enchi-me de coragem.
Observei a leitura ansioso. Não dava para antecipar nada pela expressão. O rosto sereno, testa franzida, leve movimento dos lábios sussurrando o texto. Atenta.
- E aí? - perguntei assim que ela ergueu os olhos do papel.
Entusiasmo deu para perceber que não havia.
- Gostou? - insisti.
- Não entendo muito de poesia. Acho que tem coisas boas, outras menos, fale com seu pai.
- Só?
- Sei lá, filho, é ele quem escreve. Mostre pro seu pai. Que medo bobo!
- Medo! Quem disse que estou com medo?
- Não está?
- Não.
- Então simplesmente mostre. Ele vai gostar de ler.
Agora a coisa complicara. Com o velho era diferente. Tinha medo sim. De não agradá-lo. Da opinião que certamente daria. Favorável ou não. Ele era assim, sério. Teria inclusive que aguardar uma brecha. Não podia ir mostrando sem mais nem menos.
O momento adequado chegou antes do que previa. Domingo. Sala de estar depois do almoço. A família reunida ouvindo música. Entreguei o trabalho meio sem graça. Papai, surpreso, começou a ler imediatamente. Quando terminou não falou nada. Ficou um tempo quieto fumando, talvez procurando palavras. Já nem sabia o que pensar quando a pergunta veio de longe:
- O que você já leu de poesia, filho?
- Como assim? - balbuciei.
- Cite um poeta de sua preferência.
Senti o calor tomar-me o rosto. Avermelhei até a raiz dos cabelos. Não havia o que mencionar. Nenhum autor conhecido.
- O problema está aí - prosseguiu o velho. - Como você quer escrever poesia se não lê poesia? Fazer poema não é apenas colocar uma linha sobre a outra e rimá-las. É muito mais.
- Então não está bom? - perguntei.
- Não, e nem poderia estar. Você gostaria de aprender?
- Sim.
- Venha cá.
Papai levantou e levou-me à biblioteca. Mostrou toda uma estante dedicada à poesia. Era só escolher.
Iniciei-me. Vinícius de Morais, João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade. De Vinícius apaixonei-me pelos sonetos e preferi Bandeira a todos, decorando as palavras de Pasárgada. Sentia-me amigo do rei. Memorizei tanta coisa... Exibia-me para as colegas nas reuniões de sábado à noite. Havia sempre um violão por perto. Música e poesia rolando soltas. Encantado com a Tabacaria de Fernando Pessoa e quase tudo o que o poeta português escreveu. Um livrinho dele virou meu companheiro de cabeceira, lia sempre antes de dormir. Com Camões pude entender ainda melhor os sonetos. Já tinha agora o quê e quem citar.
A segunda vez que procurei meu pai foi mais fácil. Sentia-me mais seguro.
O ritual foi parecido. Ele levantou e chamou-me. Pegando papel e lápis, convidou-me a sentar-me à mesa.
- Você sabe o que é um verso? - perguntou.
- Sei - respondi - ,é cada linha de um poema.
- Ótimo. E o que é ritmo?
- Eu sei, mas não consigo explicar. É meio intuitivo, não é?
- Sim e não. Num poema, os sons devem se repetir a intervalos regulares, ou a espaços sensíveis quanto à duração e acentuação. E métrica?
- Métrica? Nunca ouvi falar - respondi.
- São os elementos necessários à feitura dos versos medidos.
Papai falava e escrevia os conceitos.
- Para mantermos o ritmo, devemos escrever os versos com o mesmo número de sílabas. Os versos, quanto ao número de sílabas, têm nomes particulares. A redondilha menor tem cinco, a maior tem sete. Os alexandrinos têm doze. Existem também os decassílabos. Lembrando que contamos as sílabas de um verso só até a sílaba tônica da última palavra.
Papai pegou livros, mostrou versos e pediu-me que contasse as sílabas. Falou sobre sonetos, de quatorze versos dispostos em dois quartetos e dois tercetos. Que esta forma, a mais cultivada, era o soneto italiano. Que havia o inglês, composto por três quartetos e um dístico. Deu a aula que nunca tivera na escola.
Então, ao final, insisti:
- E o meu poema, pai. Ficou bom?
- Melhor - respondeu. Trabalhe agora sobre ele, refazendo-o com tudo o que ensinei.
Fiz então o que sugeriu. O sonêto que escrevi ficou assim:
*
Soneto da Vontade Distante
*
Até onde a vista escuta
Vou viver vivendo a morte
Vou jogar fugindo à sorte
Vou secar a mesa enxuta
*
Até onde a boca cheira
Disparado vou parando
Então sem ver fico olhando
A beber a carne inteira
*
E sorrindo aos inimigos
Agredirei meus amigos
Que a razão já não sou eu
*
E chorando de alegria
Comemoro então o dia
Do vermelho luto meu
*
Papai por fim gostou. Foi o primeiro poema que escrevi. Achei muito difícil e trabalhoso.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Gloomy

Aos quatorze às vezes sentia-me estranho. Sem saber por que surgia uma vontade enorme de estar sozinho. Recolhia-me.
O quarto era grande. Um retângulo comprido dividido em dois ambientes. Em um deles duas camas com os respectivos criados-mudos; ao pé delas, estantes conjugadas com escrivaninhas onde meu irmão e eu estudávamos. No outro, um sofá-cama forrado com tecido xadrez, a cor vermelha predominando. Armários embutidos ocupando toda uma parede.
Fechando lentamente as janelas, observava a casa defronte tentando ver as irmãs gaúchas. Um aceno que fosse me encheria de esperanças. Eu achava a loirinha muito simpática. A morena, mais velha, cheia de charme. Aquele jeitinho de falar, cheio de tus e bás, mexia comigo. Andava louco para arranjar namorada.
Mergulhava na escuridão. Punha um long-play na vitrola e deitava com a barriga para cima, olhando o teto com os olhos fechados. O primeiro disco de Maria Bethânia era o mais ouvido. Lançado em 1965, três anos depois continuava me fazendo companhia. Um pouco gasto, começando a chiar sob a agulha, ainda trazia inspiração. As letras das músicas acompanhando os sonhos, ajudando, alimentando a fantasia.
*
**********É de manhã
**********Vou buscar minha fulô
**********A barra do dia ê vem
**********O galo cocorocô
**********É de manhã
**********Vou buscar minha fulô
*
Um dia ainda teria minha fulô. O galo levava ao sítio, interior. Caboclinha com vestido de chita.
*
**********
Meu desespero ninguém vê
**********Sou diplomado em matéria de sofrer

*
Será que ninguém via? Assim escondido, trancado em plena tarde, era difícil. Mamãe aparecia para irritar-me. Tinha que levantar para abrir a porta.
- Está doente, filho? - pondo a mão em minha testa.
*
**********
Depois que aquela mulher
**********Me abandonou
**********Não sei porque
**********Minha vida desandou
**********Meu canário morreu
**********A roseira murchou

*
**********
Meu papagaio emudeceu
**********O cano d’água furou
**********E até o sol por pirraça
**********Invadiu minha vidraça
**********E o retrato dela desbotou
*
Abandonado. Imaginava meu cachorro sem latir, o rabo entre as pernas, a mangueira do quintal vazando. As azaléias tristes, sem vida. O avô desbotado na sala de jantar. Periquito tombado na gaiola. As perninhas para cima. Tudo depois que Bruna foi embora.
*
**********
Você chegou no carnaval
**********Linda
**********Canção de amor no carnaval
**********Linda
*
Bahia. Férias. Mortalha. Carnaval. Menina linda com nome complicado. Valdelice. Delícia. Valdelícia.
*
**********
Nunca mais vou querer o teu beijo,
**********Nunca mais
**********Nunca mais quero ter teu amor,
**********Nunca mais
*
Sabia que era mentira. Se Luana me olhasse, se aproximasse os lábios, não agüentava. Beijava mesmo. Aqueles olhos de lua que clareavam o travesseiro. Nunca mais era para sempre. Não ia conseguir. Muito tempo. Bom de cantar, de dizer. Difícil com Luana. Impossível. Solidão doía.
*
*********
Na minha voz
*********Trago a noite e o mar
*********O meu canto é a luz
*********De um sol negro em dor
*********É o amor que morreu
*********Na noite do mar
*
Murros na porta. Rogério gritando:
- O quarto também é meu!
Ainda teria meus próprios domínios. Sem ter que dividir com o irmão. Quem sabe aquele fedelho não morria? Entrava, apanhava alguma coisa, para logo sair. Só para irritar-me mais um pouquinho. Sempre irônico:
- Na fossa, boneca?
*
**********
Glória a Deus Senhor nas altura
**********E viva eu de amargura
**********Nas terra do meu senhor
*
Olhando o pôster de Guevara, escondido na penumbra, esperava com fé dias melhores. Os ricos menos ricos, os pobres menos pobres. Sem perder a ternura. Liberdade, igualdade e fraternidade. Carcará!
*
**********
Anda, Luzia
**********Pega um pandeiro
**********Vem pro carnaval
**********Anda, Luzia
**********Que essa tristeza
**********Lhe faz muito mal
*
Achava Luzia um nome lindo. Quando casasse teria duas filhas: Luzia e Laura. Luzia parecia acender a pessoa. Luzia iluminada. Laura de Laura Ingalls Wilder. A escritora preferida.
*
**********
Batuque é um privilégio
**********Ninguém aprende samba
**********No colégio
*
Verdade. Oficialmente no colégio só tinha aprendido hinos. Adoravam hinos naquela época. Já podeis da pátria..., que entendia japonês. Sambar, só sambava nas notas. Às vezes dançava feio. Quando tocava Feiticeira, acabava chorando. A história da moça que adormece ninando a bonequinha e acorda para vê-la no chão quebrada, separada em mil pedaços. Dito assim parecia bobagem. Não era.
*
*********
O samba é a corda e eu sou a caçamba
*
Só muito mais tarde fui entender o sentido dos versos. Ouvi dizerem de minha amizade com o Rafaelli: "Onde vai a corda, vai a caçamba". Entendi o sentido. Que caçamba era um balde para tirar áqua de poço, só descobri adulto.
*
*********
Mora na filosofia
*********Pra que rimar amor e dor
*
O amor como um fogo ardendo sem doer. Estava no soneto que aprendi. Nunca esquecia. Tantos amores e nenhum.
Ouvia música a tarde toda. Quando acabava o disco, repetia. Versos lindos. Caetano, Noel, Batatinha, Caymmi, Benedito Lacerda, João do Vale e Monsueto ensinando o menino que eu era.
À noitinha, sentia o vazio no peito abrandar. Descer para o estômago. A confusão de sentimentos em que estava mergulhado sofria violento estímulo externo. O cheirinho da comida de Alice invadia o quarto sem pedir licença. Abandonava correndo o exílio voluntário. Fome. Não havia fossa que resistisse.

sexta-feira, agosto 03, 2007

Magic Words

Recebi recentemente da amiga MEG, do Sub Rosa (flabbergasted), um cumprimento diferente. Mandou-me, ao final de um comentário, "beijos temperados". Aquilo me fez voltar no tempo e tenho, desde então, viajado um pouco. O contexto dizia respeito à minha capacidade de ferver sobre cobertas muito quentes.
Sou um apaixonado pelas palavras e pelos sentidos que elas podem ter. Nesse momento escrevo olhando o passado. Transformo-me. Volto a ser menino em férias no Rio de Janeiro. Minha tia Helena e meu bisavô Américo me recebiam com festa. Em poucos lugares me senti tão querido. O desejum era especial. Faziam o que eu pedia. Adorava ovos quentes, moles. Molhava o pão fresquinho no creme dourado e me fartava, com delícia. Se o café com leite estava muito quente, a fumaça denunciando o excesso de calor, minha tia sempre sorrindo, com um carinho na voz que não mais ouvi repetido depois de adulto, oferecia:
- Quer que tempere?
Nunca mais ouvi essa expressão. Embora comum em Maceió, nordeste, terra desses meus tão queridos parentes que já partiram, é rara aqui no sul. A assepção que guarda o significado de abrandar, amornando aquele líquido, é pouco comum por nossas plagas.
Quando li "beijos temperados", gradativamente fui recuperando esse sentido distante, quase perdido em minha memória afetiva. As palavras são mágicas.

Cinco Estrelas

Recebi a indicação da amiga Vivien, da Casa Da Mãe Joana. A idéia do prêmio e sua sinificação são do Ronald.
Escrever para mim tem se tornado uma fonte de vida. Preciso explicitar o que penso, é mais do que apenas necessidade. Chego a acordar no meio da noite combinando as palavras, tentado dar um sentido melhor às idéias. Receber prêmio de amigos que gostam do que ponho aqui é portanto uma alegria sempre grande, um incentivo para que continue. Reproduzo abaixo palavras que copiei do blog da Vivien.
*
"O dia 31 de Agosto foi escolhido para ser o dia do blog, este foi criado na convicção de que os bloggers deverão ter um dia dedicado ao conhecimento de novos blogs, de outros países ou áreas de interesse. Então para dar uma esquentada neste dia eu resolvi criar um prêmio que consiste em escolher os cinco blogs, 5 estrelas da blogoesfera, e no dia 31 de agosto de 2007 será a divugação dos blogs escolhidos seguindo as regras abaixo. Regras do prêmio blog 5 estrelas:
*
1. Podem participar na votação todos os bloggers que mantenham blogs ativos há mais de um mês [os outros esperem por outra ideia brilhante que alguém irá ter].
*
2. Cada blogger deverá referenciar cinco nomes de blogs. A cada menção corresponde um 1 voto.
*
3. Cada blogger só poderá votar uma vez, e deverá publicar as suas menções no seu blog [da forma que melhor desejar], enviando-as posteriormente para o seguinte e-mail: elzinhalinda@gmail.com. No e-mail, além da sua escolha, deverão indicar o link para o post onde postaram as nomeações. A data limite para a publicação e envio das votações é dia: 27/08/2007.
*
4. De forma a reduzir alguns constrangimentos [e desplantes], e evitar algumas cortesias desnecessárias, também são considerados votos nulos:- Os votos dos blogger(s) em si próprio(s) ou no(s) blogue(s) em que participa(m);- Os votos no blog Nada pra mim.
*
5. Cada blog que for indicado ou indicar, deve conter de onde veio a origem do concurso, ou seja deverão manter um link para este blog afim de que outras pessoas possam conhecer a idealizadora da idéia. No dia 31.8.2007 serão anunciados os vencedores.
*
Vamos, então, escolher os blogs:
- Perplexo Inside - Valter FerrazV
- Reflexões - James--
- Varal de Idéias - Eduardoo
*
São, é claro, blogs que recomendo.

Schmooze

Definition: schmooze
*
Cambridge Advanced Learner's Dictionary
*
verb [I] INFORMAL to talk informally with someone, especially in a way that is not sincere or to gain some advantage for yourself:
He spent the entire evening schmoozing with the senator.
*
The American Heritage® Dictionary of the English Language
*
INTRANSITIVE VERB:
Slang
To converse casually, especially in order to gain an advantage or make a social connection.
*
Confesso que não conhecia o significado da palavra schmooze. Recebi, com o orgulho de sempre, a indicação dada pela amiga Polly, do Vivendo E Deixando A Vida Me Levar, ficando muito honrado com o carinho.
Acredito que a acepção que quiseram dar é mais afeita ao sentido americano, o de manter uma conexão social. Cito as palavras escritas no blog que indico acima, para explicar o prêmio, cujo selo afixo aí em baixo, ao lado:
*
Este selo fala da relação de bem-estar entre os blogueiros, dos sentimentos bons que se afloram em cada palavra escrita e lida. Aqui se faz amizades que podem ser verdadeiras tão ou mais que uma que se faça pessoalmente... sentimentos sinceros, afeto, carinho... somos uma BolgFamília e sentimos quando algo acontece, pois acompanhamos de perto! Faz valer a pena ser verdadeiro com o próximo, aquele que se faz presente... pois só temos a ganhar...
*
Passo então, imediatamente, a indicar os blogs amigos, segundo esse critério:
Wonderfullife - Adriana
*
Sinto em todos os blogs citados um carinho, uma preocupação, que aproximam as pessoas. Tenho uma grande consideração por eles.