Pronto, já estabeleci minha nova rotina! Quando saio em férias, as perspectivas do ócio e dos minutos correndo soltos, sem planejamento, têm o dom de me desestabilizar. Preciso de disciplina para viver.
Acordo muito cedo. O tempo tem me tornado inimigo da cama, no bom sentido. Durmo pouco, cada vez menos. Café da manhã na padaria e academia, não passo sem exercício físico. Às dez horas já estou de volta. Sento em frente ao computador e trabalho no livro que tem data marcada para ser entregue, final de junho. Gosto muito dos serviços com prazos estabelecidos, não permitem que a inércia nos domine. Pouco antes do meio dia vou almoçar. Encontro o restaurante Bello Bello, na Teodoro Sampaio, em frente à praça Benedito Calixto, ainda vazio. Escolho com calma verduras, legumes, carnes magras, todo o insosso necessário para manter a forma, não engordar. O rapaz que pesa o alimento pergunta se quero suco de melancia. Inteligente e observador, em pouco tempo aprendeu minha preferência.
Enquanto como, observo as fotos nas paredes. Cenas do cinema antigo. Merlene Dietrish, lidíssima, durona, um pouco masculinizada, faz pose em um carro conversível. Bette Davis, com Hunphrey Bogart por trás, em segundo plano, tem fisionomia triste, quase desesperada. Nunca consegui decidir sobre a beleza da atriz. Audrey Hepburn, de perfil, ostenta um estranho chapeuzinho. É e sempre será uma graça! Sentada em um batente de pedra, pernas descobertas, Marilyn Monroe ri um riso aberto demais. O sofisticado e o vulgar ali vizinhos.
Um casal de idosos aproxima-se e escolhe mesa próxima à minha. Ele ajuda a companheira a sentar-se. Afasta-se, deduzo, para fazer o prato dela. Analiso, curioso, a figura solitária. Olhar fosco, desinteressado do entorno, apoia a mão esquerda de forma peculiar sobre a toalha. Parece querer equilibrar-se, como se tudo ao redor pudesse mover-se a qualquer instante. Praticamente agarra-se ao tampo de madeira, em um gesto tenso e pouco confortável. O homem, cabelos brancos bem aparados, retorna. Coloca, encurvado, o alimento em frente à senhorinha. Novamente retira-se, para servir a si próprio. Volta logo. Então ela pega com a mão direita, sem discuidar-se da outra, sempre rigidamente apoiada, um bonito pastel. Exatamente aquele que eu tinha evitado. Come vagarosamente, sem demonstrar prazer. Quando termina fica imóvel, esperando. O velho interrompe a própria refeição, corta o bife em pedaços pequenos, abastece o garfo e leva até a boca da mulher.
Fico, discretamente, observando aquele penoso ritual. Há carinho entre os dois. Em dado momento percebo um quase sorriso acendendo os olhos opacos. Perco o apetite. Levanto-me, pago a conta e afasto-me dali apavorado. Um medo não totalmente egoísta me toma. É por mim, e é por Cordélia.
Acordo muito cedo. O tempo tem me tornado inimigo da cama, no bom sentido. Durmo pouco, cada vez menos. Café da manhã na padaria e academia, não passo sem exercício físico. Às dez horas já estou de volta. Sento em frente ao computador e trabalho no livro que tem data marcada para ser entregue, final de junho. Gosto muito dos serviços com prazos estabelecidos, não permitem que a inércia nos domine. Pouco antes do meio dia vou almoçar. Encontro o restaurante Bello Bello, na Teodoro Sampaio, em frente à praça Benedito Calixto, ainda vazio. Escolho com calma verduras, legumes, carnes magras, todo o insosso necessário para manter a forma, não engordar. O rapaz que pesa o alimento pergunta se quero suco de melancia. Inteligente e observador, em pouco tempo aprendeu minha preferência.
Enquanto como, observo as fotos nas paredes. Cenas do cinema antigo. Merlene Dietrish, lidíssima, durona, um pouco masculinizada, faz pose em um carro conversível. Bette Davis, com Hunphrey Bogart por trás, em segundo plano, tem fisionomia triste, quase desesperada. Nunca consegui decidir sobre a beleza da atriz. Audrey Hepburn, de perfil, ostenta um estranho chapeuzinho. É e sempre será uma graça! Sentada em um batente de pedra, pernas descobertas, Marilyn Monroe ri um riso aberto demais. O sofisticado e o vulgar ali vizinhos.
Um casal de idosos aproxima-se e escolhe mesa próxima à minha. Ele ajuda a companheira a sentar-se. Afasta-se, deduzo, para fazer o prato dela. Analiso, curioso, a figura solitária. Olhar fosco, desinteressado do entorno, apoia a mão esquerda de forma peculiar sobre a toalha. Parece querer equilibrar-se, como se tudo ao redor pudesse mover-se a qualquer instante. Praticamente agarra-se ao tampo de madeira, em um gesto tenso e pouco confortável. O homem, cabelos brancos bem aparados, retorna. Coloca, encurvado, o alimento em frente à senhorinha. Novamente retira-se, para servir a si próprio. Volta logo. Então ela pega com a mão direita, sem discuidar-se da outra, sempre rigidamente apoiada, um bonito pastel. Exatamente aquele que eu tinha evitado. Come vagarosamente, sem demonstrar prazer. Quando termina fica imóvel, esperando. O velho interrompe a própria refeição, corta o bife em pedaços pequenos, abastece o garfo e leva até a boca da mulher.
Fico, discretamente, observando aquele penoso ritual. Há carinho entre os dois. Em dado momento percebo um quase sorriso acendendo os olhos opacos. Perco o apetite. Levanto-me, pago a conta e afasto-me dali apavorado. Um medo não totalmente egoísta me toma. É por mim, e é por Cordélia.
41 comentários:
Lord, vc deu a dica que eu precisava.Há uma mudança programada(mais uma!) para Sampa mês que vem. Talvez vá morar em Osasco e já sei como, quando e onde encontrá-lo!
Ao post, então: a possibilidade de envelhecer junto já me atrai há algum tempo. Venho me preparando para isso. Quer dizer, se o Criador não tiver outros planos, né?
Meus cabelos já estão grisalhos, a vista não colabora, escuto relativamente, ou seja: a Aninha que se prepare, terá muito trabalho pela frente!
Abraço forte, caro mio!
(bom final de semana prolongado)
Valter, o Ferraz
Lord, muito comovente sua descrição. Gostosa narrativa! Final insuspeitavel. Valeu.
Valter,
Quando você enviar seu endereço, para que lhe mande os livros, poderá ver meu endereço no remetente. Fiquei feliz em ver você por aqui.
Grande abraço
Eduardo,
Obrigado. Você é meu amigo.
Abração
lord, gostaria de passar minha velhice em lisboa. espero ter bunfa para esse projeto, agora de médio prazo.
isso porque vi em 3 restaurantes diferentes, garçons receberem as velhinhas chamando-as pelos nomes, levando-as até as mesas, sugerindo o prato e no final,acompanhando-as até a porta.
tudo no maior respeito e carinho.
Lord:
Quanta realidade. Bonita e comovente.
Ví cenas parecidas, um pouco mais tristes em minha vida.
Quando meu pai adoeceu, minha mãe, era prá ele, os olhos, os ouvidos, as pernas que não andavam, as mãos para levar-lhe comida à boca.
Ela com seu corpo minúsculo, miúda, conseguia com toda certeza pelo amor que tinha, sustentá-lo, até o fim.
Isso não me assusta, tenho forças e amor suficientes, caso precise. E se me tornar dependente, creio que terei o retorno.
Um beijo.
Lord, sabe que hoje, eu penso em como deve ser gostoso envelhecer ao lado da mulher que a gente ama.
eu ando muito emotivo...e este texto mexeu comigo... :)
Lord, mas eu já te mandei o endereço, aliás esperava ler o livro neste final de semana! haha, brincadeira, mas mandei sim. Não recebeu?
valter
Lord....
Impressionante como a poesia existe nas coisas mais simples... Mas é preciso ter olhos profundos pra poder vê-la assim. E você, sem dúvida os têm.
Lindo isso!
Um grande beijo e ótimo feriado!
Van
PS: Que saudade da Teodoro Sampaio!
Lord Caco,
texto comovente.
Beijo comovido, então.
Vivina.
Anna,
A educação e a cultura na Europa são muito fortes. Também reparo esse respeito aos idosos e percebo que talvez, também devido a isso, eles vivem mais. Estaremos relativamente próximos, pois pretendo ir para a Inglaterra.
Grande beijo
Aninha,
Pelo que vi a espectativa do Valter é diferente, ele espera que você cuide dele. De qualquer forma, pelo que noto do carinho existente entre vocês dois, o amparo será mútuo, e muito dedicado. É gostoso, falo com conhecimento de causa, envelhecer junto.
Beijão
Serbão,
É, sim, muito bom. Deve ser algum tipo de compensação que recebemos. De qualquer forma, resiste dentro de mim a impressão de que o saldo é negativo. Não há grande alegria na velhice.
Grande abraço
Valter,
Não recebi, ou não percebi. Vou verificar melhor nos e-mails que você mandou. Se não achar aviso.
Abraço
Van,
Engraçado como são as coisas. Considero a rua Teodoro Sampaio feia. O comércio que abriga é pouco charmoso, as lojas mal cuidadas, a rua estreita e movimentada demais, poluída. Mas se ficasse muito tempo longe dela também sentiria saudades, posso entender você. Obrigado pelo carinho e bom feriado prolongado pra você também.
Beijão
Vivina,
Fico sempre comovido e motivado com a sua avaliação. É bom receber o seu carinho, a sua atenção, com regularidade. Tem sido muito importante para mim.
Beijo, também, comovido.
Por vezes tenho aquele pensamento chato, que enrola o cérebro como se fosse cigarrinho de rir, penso que a coisa mais fatal e mortal que há no mundo é a vida pois mal nascemos começamos de imediato a morrer um pouco em cada minuto que passa. Então resta-nos a capacidade de cuidar desse caminho para a morte o melhor que podemos. Com veludo e bondade, como as personagens da tua história. Só a beleza nunca morre!
Lord,
COISAS DA VIDA !!!!
Na velhice há mais sabedoria,
tolerância, gratidão, acúmulo de experiências adquiridas,que nos faz
perceber que a troca, com a aparência e agito da juventude, não é de todo tão ruím assim.Minha mãe, e minha tia Nadir, que morreram com mais de 80 anos,foram exemplo disso.
Bjs
Lord, também sinto esse desespero ao ver alguns velhinhos já inválidos em minha família. E penso que nao quero envelhecer tanto. O que dói mais é saber que muitos deles não têm mais o companheiro(a) para compartilhar momentos raros de carinho como esse.
abraço, garoto
Silvares,
Desculpe-me a curiosidade. O que seria cigarrinho de rir? Deve ser alguma coisa que conhecemos com outro nome por aqui. Embora imagine, não tenho certeza. Você tem razão. A morte talvez seja a maior certeza da vida. melhor é vivermos o melhor possível.
Grande abraço
Maria,
Também tive idosos na família. Uns apenas apagaram, como se fossem fogo, sem sofrimento. Outros, entretanto, duraram mais, sofreram, muito próximos dos limites que a dignidade aceita, judiados ao extremo. Infelizmente é a imagem que guardo, a do fim penoso.
Grande beijo
Denise,
Aí está o grande dilema. Se por um lado tenho horror à morte e um pavor indescritível do fim, por outro temo também tornar-me inválido. Sempre tive dificuldade em aceitar que fizessem coisas por mim. Sou independente, vaidoso, orgulhoso demais. Imagino-me, por puro otimismo, um velhinho de mais de noventa correndo maratonas. Esforço-me para isso.
Beijão
E para completar o quadro, o valor da tal " aposentadoria ". PQP!
Peri,
Aposentadoria? Melhor mudar de assunto, assim o quadro fica tenebroso demais.
Abraço
Lord,
Já estão publicados os trabalhos dos alunos a partir da discussão de seu texto. Vai lá ver:
http://drang50.wordpress.com/entre-na-roda/
abraço, garoto
Já que minha mãe falou de Tia Nadir, impossível não me lembrar de uma frase que ela disse e ficou antológica:" olha, doutor, se eu tiver que morrer, tudo bem, tive uma boa vida mesmo...mas se der pra eu viver um pouco mais, eu prefiro."
beijos.
Denise,
Estou indo lá correndo.
Beijão e obrigado
Vivien,
Diria exatamente a mesma coisa. Adorei! Mereceria um post à parte.
Beijão
Lord, cheguei aqui atraves da Vivie...somos amigas de quase 20 anos. Amei o seu texto...relata momentos de ternura que muitas vezes nao vemos pela atarefada vida que levamos. E verdade que na Europa as pessoas idosa tem uma ótima qualidade de vida...a uniao europeia ajuda muito, os asilos aqui chamados residencias de ancianos, sao muito bons, mas também alguns sao horrorosos. A Europa esta muito envelhecida. Qdo cheguei aqui (1996)fui viver no Porto e me encantava sair na rua aos domingos e ver os casais idodos andando de mao dada, e depois de 5 anos vivendo em Portugal vim viver em Espanha e continua me encantando mesmo depois de quase anos vivendo aqui este lado humano, recheado de amor (tipo olho nos olhos), carinho das pessoas idosas.
Amei o texto.
beijinhos carinhosos do outro lado do oceano.
P.S.: Tenho um filho de 27 anos vivendo na Inglaterra e adora.
Cheguei aqui e dei de cara com um texto desses. Aquele que é um olho vendo o mundo, mesmo quando o mundo vive, despercebido de tantos olhares.
Lindo, viu?
Fiquei aqui pensando que isso é amor velho e sólido.
Isso é amor e amor é sempre bonito de ver.
"Cigarrinho de rir" é uma expressão não muito comum para um cigarrinho de cannabis (não sei bem como se dirá no Brasil). Em Portugal chama-se também de "joint" ou "ganza", conforme a idade ou o grupo a que se pertence (ou não pertence). Há outras designações mas estas serão as mais comuns.
Adriana,
Embora vá sempre à Europa, tenha até uma prima querida morando em Lisboa, ainda não conheço Portugal e Espanha. Quando viajo para o velho mundo, estabeleço minha base na Inglaterra. Dificilmente me disponho a sair de lá. Forço-me, às vezes, a conhecer outros locais: Paris, Roma, Amsterdam, Dublin, Edimburgo, Dublin, cidades maravilhosas. Preciso ir à Península Ibérica. Por pior que possa parecer aos olhos que aí vivem, ainda é muito melhor do que aqui. Obrigado pelo carinho.
Beijo
Tatiana,
Legal que você gostou. Seu texto também me agradou muito. Teremos bastante o que conversar aqui, no Coisa Rara, ou por aí, nos blogs amigos .
Grande beijo
Silvares,
É exatamente o que imaginava ser. Muito apropriada, aliás, a expressãO. Não usamos nenhuma das palvras que você citou. Chamamos de maconha, ou de erva, simplesmente. A não ser que a meninada chame por outro nome que eu desconheça.
Grande abraço
Ótima e enriquecedora esta troca de informações vernaculares com os leitores d'álem-mar. Cigarrinho de rir dá vontade de rir até sem tragar.
Legal, Silvares.
Ou será que d'álem-mar somos nós ?
Peri,
Somos d'aquém mar.
Grande abraço
Lord,
Adoro ler-te...
Você escreve maravilhosamente...
Com simplicidade e grandiosidade...
Lindo texto...triste realidade de vidas que vão chegando ao fim...mas ainda bem que existe o amor, construído por uma vida inteira compartilhada, e dividindo sempre até mesmo esses momentos...
Muito lindo,
Parabéns!
Tem novidade lá no blog...
Um beijo e um bom fim de semana,
Cris
Cris,
Puxa! Que bom que você gostou. Quando vi a cena tive que voltar correndo para casa e escrever. Me sinto, às vezes, com um fotógrafo. Preciso mostrar o que vi.
Beijão e deixa eu ir ver as novidades
Lord...
É que a Teodoro é música para os meus olhos! Gosto de todas aquelas vitrines e seus mil instrumentos, só esperando que os dedos de alguém os toquem! Pode até ser feia e descuidada, mas tem sua beleza, como tudo!
E pensar que eu tb sinto falta da Santa Ifigênia!
hahahahaha - Vai entender!
Obrigada por suas belas palavras no meu humilde blog, querido!
Beijuca procê!
Van,
Você tem razão. Todos aqueles instrumentos musicais, porém, me deixam um pouco triste. Uma das maiores frustrações que tenho é a de não saber tocar um instrumento. Canto até que razoavelmente bem (não conta pra ninguém), mas tocar...
Beijão
Eheheh, somos d'aquém tanto quanto somos d'além, depende do lado em que nos colocamos para olhar o mar. Quando era pequeno o meu perguntava-me "Na nossa cidade há mais ruas a descer ou a subir?" e eu refazia trajectos na cabeça, revia os passos que tinha dado ao longo do dia antes de decidir e depois respondia sem compreender a brincadeira. E o meu pai ria sempre.
Bonita históeira, Lord.
Triste, mesmo, mas inevitável para a maioria. E esse casal tem a vantagem do amor. Poderia ser pior, muito pior.
beijos, bom domingo.
Oi,Lord,
esse tipo de comportamento, distante e, as vezes, pouco interessado, incomoda.
Claro, o passar dos anos para quem vive junto, traz certos desencontros, digamos.
Prefiro até mesmo brigar com a cara metade, do que ficar quase anônimo para ela. Creio que ela pensa o mesmo.
Cuidadosa observação, a sua.
abraços
fernando cals
Complementando, Lord,
meu pouso oficial, do dia-a-dia, é o Observador. Mas, mantenho com menor frequência o Arquiteto Comum (http://arquitetocomum.blogspot.com), para falar das coisas da profissão e o Bau do Observador (http://baudobservador.blogspot.com), bastante abandonado, e com planos de servir de depósito dos meus escritos.
Mas o de fé, aonde eu deposito meus esforços maiores, Observador.
Tem mais, Milord, tenho vindo sempre aqui, visita-lo, e ganhar as vantagens da sua boa escrita.
abração
fernando cals
Silvares,
São para mim, as ingênuas historinhas infantis, as mais deliciosas, pelo que guardam de humor delicado, observação particular da realidade, fé no que é dito pelos adultos, lógica completamente invertida. Gostei muito da que você contou.
Grande abraço
Saramar,
Olhando assim, pelo lado mais otimista, concordo, poderia ser pior. Fica amor, o carinho, o cuidado um pelo outro. Só que, como você bem observou, um travo amargo tinge de tristeza o cenário.
Grande beijo
Fernando,
Concordo. Estar anônimo é horrível em qualquer situação. Nada pior do que os silêncios que o convívio às vezes impõe. Nesses momentos é chegada a hora do grito, do elevar do tom, da discussão, para que percebamos que há alguém do lado. A poeira das relações, para que dê certo, precisa ser constantemente sacudida. Então está combinado. Irei ao Observador e no Bau procurarei seus escritos. Obrigado pelo carinho.
Grande abraço
Caraca, isso é de tirar o apetite mesmo, apesar da louvável atenção dele com ela.
Ricardo,
E de fato tirou. Coisa raríssima em se tratando do meu, sou ótimo garfo.
Grande abraço
Será que entendi errado a descrição dessa cena?Pareceu-me(desculpe a mania profissional)Alzheimer.O que chama a atenção é que a velhice saudável,assume seu papel de acompanhar o parceiro até o fim(que doloroso fim)e tenta,contra o destino manter o(a) parceiro(a)no mundo real.Desculpe se interpretei erradamente o seu post.Um abraço.
Anunciação,
Pode ser que seja, não tenho bagagem suficiente para interpretar. O que vi foi alguém muito alquebrada e distante, além de bem cuidada.
Beijo
Loque lindo texto.Tenho medo da velhice. tenho medo d precisar das pessoas me ajudarem, Li um livro lindo da Simone. não adiantou. acabei de ler seu texto. medo voltou...
um abraço!
Escrevi um livro sem a letra A - Ele se chama A- (lê-se a negativo). Ricardo Mardegam
Um livro surpreendente.
Diz de um filósofo que emerge e sucumbe em seus conceitos
teóricos e ressurge como um ícone incompreendido.
Seus conhecimentos, ensinos e conteúdos podem muito
nos dizer sobre questões do existir, sobre o Ser e sobre o
universo dos homens.
Foi escrito de modo que um dos signos do nosso uso
comum (o A) fosse excluído e que, mesmo com esse
jeito diferente de escrever, houvesse o entendimento do
conteúdo nele exposto.
É com muito gosto que ofereço este texto... E espero que
gostem, pois gostei de escrevê-lo e quero crer no seu
percurso promissor no mundo dos novos escritos.
Bom divertimento e, em breve, nos veremos, de novo, em
um outro delírio de escritor que quer o diferente, o novo,
o (im)possível como desejo.
psicologo@ricardomardegam.com.br
Postar um comentário