Enquanto a Farah Diba, que acaba de completar setenta anos, vive exilada há mais de três décadas, o governo revolucionário iraniano, visto com tanta simpatia pelo nosso país, prepara-se para executar mais uma mulher. Incrível como o mundo dá voltas. O regime monárquico anterior era bem menos violento, matava com maior parcimônia. Talvez minha lógica seja canhestra, mas consigo entender melhor a rivalidade quando é no campo político. O homem sempre fez guerras no terreno das ideias, acho mais natural, embora nunca justificável, que regimes totalitários cometam excessos, enfrentem aqueles capazes de subverter a ordem imposta por eles, com exagero. Quando a violência, porém, resolve punir comportamentos, enxergo o mundo com tamanho desprezo, que chego a ter vergonha de ser gente. Que não me venham dizer que estamos em seara religiosa, que a coisa toda faz parte da cultura de um povo. Cultura de merda! Esse negócio de jogar pedra em mulher só cabe em música do Chico. A Geni dele era ficção, liberdade poética e crítica. Acusar alguém de adultério e matar por isso é uma desgraça medonha e assustadora. Prefiro o Irã do Xá. Dos males o menor.
sexta-feira, agosto 13, 2010
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19 comentários:
Caco,
parece que que estamos com pensamentos, idéias e opiniões colados, grudados. Estamos?
Beijo
Vivina
Vivina,
Sim, mas... Grande novidade!
Beijo grande
Lord
Concordo com vc, "uma desgraça medonha e assustadora"
Bjs
Maria Helena,
Não é mesmo?
Beijo grande
Nosso país, digo nosso governo federal, tem estranhas simpatias.
Me assusta sempre o comportamento humano.
Até por isso, quando sentimos afeto, união entre familiares, devemos aproveitar e gozar disso.
Estamos numa mudança muito grande. Problemas de saúde com família, mas expectativa de dias mais felizes.
O Valter está sem acesso à net, e vamos ficar assim por alguns dias. Logo daremos notícias.
Um beijo querido.
Peri,
Muito estranhas.
Grande abraço
Aninha,
Ficarei aguardando notícias.
Beijos
Vim matar a saudade.Me peguei pensando e falando como você,execrando tudo e me sentindo o suprassumo do mau humor.Ando tão enojada disso tudo.Desculpe.Sempre que me lembrava de você ficava preocupada;pelo menos passar por algo um pouco parecido serviu para te entender melhor.Beijo.
Anunciação,
Você tem razão. Muitas vezes também não aguento o meu mau humor. Preciso tentar olhar o mundo com maior condescendência, mas anda muito difícil. Muito bom receber você por aqui. Também estava com saudades.
Beijo grande
Adorei o Post, Parabens; Vou vir mais vezes por aqui.
Dá um passada no meu blog quando puder.
http://otaviomsilva.blogspot.com/
¬¬°ºoO
Forte Abraço
F. Otavio,
Eu é que agradeço a visita. É claro que irei visitá-lo.
Grande abraço
Milord, faço 100% minhas as suas palavras. Abração,
Eiii delíciaaaa isto aqui!!! EStou de volta! Após alguns meses de exílio, voltando com força total, te espero lá "em casa" pra um papo ok! Big Beijos!!=^.^=
Oi,Polly,
Bom ver você outra vez na blogosfera. Como vão as coisas?
Beijo grande
Lord, em pleno século XXI é incrível que isto esteja ocorrendo. Já li argumentação séria a favor de tais hábitos, costumes e leis calcados na religião (poligamia, inclusive), pois seriam formas de melhor proteger o elemento feminino (?!).
Qdo um santista de boa cepa, na atual fase do alvinegro praiano, se assume de mau humor, é pq a situação inspira muitos cuidados.
Grande abraço
J.O.,
Cê viu o que aconteceu com o Ganso (o jogador, tá?)? Não fosse o gol que o Zé Eduardo fez ontem, contra o Goias, e eu estaria ainda pior.
Grande abraço
Lord, apesar da rivalidade, só tenho a lamentar o ocorrido com o PHenrique. Lembra o Reinaldo - do Galo - que tb sofreu com as muitas cirurgias.
O PHG lembra aqueles jogadores de muita classe e estilo cadenciado que, independente de paixão clubística, davam muito prazer em assistir: Pedro Rocha, Dirceu Lopes, Ademir, Pita, Sócrates, Falcão...
Bom Domingo!
Lord querido:
I dont give a damn pra esses papos de multiculturalismo e quetais. Pra mim, costumes tribais, punições que rescendem a épocas primevas e permanecem por inércia enquanto os mesmos retrógrados beneficiam o urânio (quão modernos, hein?) me deixam tonta e indignada. Não obstante, o que vale indignar-se?
Mas deixe-me falar, se posso, sobre a Farah Diba, Asssisti a um documentário do GNT, uma iraniana, jornalista vivendo fora do Irã fez com ela uma entrevista e gostei muito, na verdade admirei-me de vê-la não só tão bonita e - o mais importante, ela é dona de uma lucidez, fez uma análise, em perspectiva que me deixou boba. A propria jornalista, saída do Irã depois de Komehini (?) teve que concordar com ela. E que bate, bastante, com o que você diz. Eram mesmo outros tempos. A morte não era gratuita, como hoje em que a banalidade do mal e o valor da vida é menos que nada.
Um beijo
Meg,
Assistimos o mesmo documentário. Foi ele que inspirou o post.
Beijo grande
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